terça-feira, 27 de setembro de 2011

Controle de Perigos (Cartilha I - O grande Aprendiz) Qualidade e Segurança Alimentar

QUEM E QUANDO CONTROLAR?

O controle de uma unidade de produção de alimentos exige a participação de todos, cada um cuidando de fazer os procedimentos corretamente (de higienização de superfícies, mãos, etc.).

Quem faz e controla a operação tem muita responsabilidade. Todo momento é importante e uma falha pode provocar sérios problemas. Portanto, todos são importantes para que a segurança seja garantida. E cada um deve ser treinado nas operações que precisa realizar.

O MONITOR

Quem controla as BP ou um PCC é um MONITOR. Ela deve saber bem o que vai controlar, como e quando controlar. Geralmente, o monitor é a própria pessoa que faz a operação.

Ele também registra a observação (se for o caso) e faz ou indica alguém para fazer a ação corretiva, toda vez que for necessária.

Em um estabelecimento, pode haver um ou vários MONITORES, dependendo do número e dos tipos de preparações, turnos, etc.

O CHEFE

O chefe, supervisor ou encarregado de uma seção ou de uma cozinha ou de um setor (de acordo com os cargos que ocuparem na estrutura do estabelecimento) deve verificar se tudo está correndo bem na sua área, inclusive se todos os PCC estão controlados e se as Boas Práticas estão sendo aplicadas.

O RESPONSÁVEL TÉCNICO NÍVEL 1

O responsável técnico nível 1 (RT 1) é a pessoa responsável pelo estabelecimento para produzir os alimentos com segurança, ou seja, é responsável por fazer cumprir as BP e os controles nos PCC. Por isso, precisa um treinamento mais aprofundado no controle dos alimentos.

Deve supervisionar o trabalho dos chefes, supervisores ou encarregados e, se não houver estes cargos, dos próprios monitores. O responsável técnico nível 1 pode ser também qualquer pessoa que ocupa os cargos citados acima.

Assim, no final, ele é o responsável por toso os controladores e os procedimentos de controle da empresa.

QUAIS SÃO AS AÇÕES CORRETIVAS?

A ação corretiva é fundamental para controlar os perigos. Ela deve ser tomada semrpe que o limite estabelecido para operação não for obedecido. Assim, se observamos que uma temperatura não atende os limites estabelecidos, e por isso, não está correta, temos que corrigi-la. Se uma higiene não foi bem feita temos que refazê-la e, assim, por diante.

SE A AÇÃO CORRETIVA NÃO FOR FEITA IMEDIATAMENTE, DE NADA ADIANTA MONITORIZAR (CONTROLAR).

CORRIGINDO





Os produtos não corrigidos devem ser descartados por apresentarem riscos à saúde do consumidor.

ARQUIVAMENTOS DOS REGISTROS

Que registros (documentos) vamos arquivar?

Devemos guardar somente as informações que demonstrem que os perigos foram realmente controlados.
Geralmente, são mantidos os seguintes registros (por tempo variável, dependendo da situação):
·         Os chech-list de BP;
·         Planilhas de registros de temperatura e/ou tempo nos PCC;
·         Planilhas de ações corretivas tomadas, sempre que houver desvio;
·         Laudos de análises;
·         Registros de desinsetização / desratização e outros.

COMO GUARDAR OS REGISTROS?

Os registros podem ser guardados no estabelecimento em arquivos, gavetas ou pastas.
O responsável pela manutenção correta do arquivo é o responsável técnico nível 1.

COLETA DE AMOSTRAS

No caso de restaurantes, é recomendável a coleta, em sacos plásticos, de amostras diárias de cada tipo de alimento, separadamente, devendo-se mantê-las por até 72 horas sob refrigeração. Elas servirão para tirar dúvidas, caso haja algum problema com os consumidores.






http://www.upira.com.br/noticias.php?id=3971&cid=1

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Controle de Perigos (Cartilha I - O grande Aprendiz) Qualidade e Segurança Alimentar

COMO CONTROLAR?


O controle das Boas Práticas e dos PCC pode ser feito de diversas formas.


  • Com estabelecimentos de procedimentos corretos (parâmetros) para seleção de fornecedores, recebimentos de matérias-primas, processos de descongelamento e de cocção dos alimentos, e outros.
  • Com um check-list - usado diária ou periodicamente, para controle dos diversos itens das Boas Práticas, ou mesmo dos PCC. Ele nos ajuda, de um modo geral, a verificar os pontos que devem ser observados e, assim, registrarmos aqueles que não estão sendo bem controlados e os que precisam de aplicação de ações corretivas.

Exemplo de um check-list:

CHECK-LIST


  1. As áreas sujas e limpas em sua cozinha ocupam diferentes espaços?
  2. Em sua cozinha há cruzamentos de produtos das áreas sujas com os das áreas limpas?
  3. Os pisos, as paredes e o teto são de materiais impermeáveis, resistentes às repetidas lavagens?
  4. Os pisos, as paredes e o teto são de cores claras, mantidos em bom estado de conservação de limpeza?
  5. Os pisos são antiderrapantes, resistentes a impactos e aos materiais de higienização?
  6. As paredes são azulejadas a altura mínima de 2 metros e protegidas contra impactos de carrinhos, por meio de canos galvanizados e cantoneiras?
  7. As portas e janelas são de superfície lisa, capaz de permitir fácil limpeza, além de apresentarem bom estado de conservação e estarem ajustadas aos batentes?
          Sim
          Não
          As vezes
          Não se aplica

ATENÇÃO! Estas respostas são exclusivas para cada pergunta.
  • Com a utilização de instrumentos de controle de rotina nas unidades de produção de alimentos. Os mais usados são:
TERMÔMETROS

Para medir as temperaturas dos alimentos e dos equipamentos. Estes controles muitas vezes são PPC, pois as temperatudas são usadas para destruir ou para evitar a multiplicação dos microorganismos.
São exemplos de medições:

  • temperatura de um balcão de refrigeração
  • temperatura de um molho mantido a quente
Os resultados devem ser sempre registrados em planilhas.












Termômetro mecânico                                                                                               Termômetro digital


ATENÇÃO: alguns cuidados com o seu termômetro.

  • Deve-se calibrá-lo periodicamente, para que ele indique a temperatura correta.
  • Deve-se tomar cuidado com o sensor (haste) para que não entorte. Ele é a parte do termômetro que entra em contato com o alimento.
  • Deve-se mantê-lo sempre com a bateria carregada (recomenda-se ter uma sobressalente.)

Ao tomar a temperatura de um alimento, deve-se:

  • higienizar o sensor do termômetro;
  • introduzir a ponta do sensor no centro do alimento;
  • não tocar com o sensor na parede do recipiente;
  • esperar estabilizar a temperatura e fazer a leitura;
  • registrar (quando for o caso) a temperatura imediatamente;
  • novamente higienizar o sensor e guardar o termômetro.
RELÓGIOS OU DESPERTADORES

Para medir o tempo em que um alimento se mantém em uma determinada condição.
Por exemplo:

  • salgados expostos em uma data temperatura;
  • alimentos em distribuição;
  • tempo de descongelamento de um alimento.
O uso de etiquetas com datas (para produtos expostos em equipamentos ou embrulhados) também pode ajudar no controle de prazo de validade dos produtos.



KITS PARA CONTROLE DE CLORO

Usados para controle de soluções cloradas que servem para desinfetar utensílios, equipamentos, alimentos etc; ou também para controle de água de abastecimento.

  • Com avaliações sensoriais
A primeira avaliação deve ser feita por inspeção visual para perceber resíduos de alimentos. Por exemplo: após uma higienização (equipamentos, utensílios), se houver qualquer resíduo, o mesmo poderá ser percebido na inspeção.
Não havendo sinais de resíduos pela visão, pode-se fazer um segundo exame pelo toque (com um papel branco ou com a mão higienizada). Percebendo-se sinais de gordura ou sujidades, a operação de higienização da superfície deve ser repetida.

  • Com análises de laboratório
As análises em laboratórios especializados são necessárias para nos dar informações sobre controles que não podem ser feitos pela visão ou pelo toque.

São exemplos:

  • análises de água - para saber o nível de cloro; para verificar a contaminação por microorganismos;
  • análise de matérias-primas - quando suspeitamos de um fornecedor ou não conhecemos a marca ou origem do produto;
  • análise de produtos prontos - para sabermos como estão os alimentos produzidos ou para verificarmos se as BP (Boas Práticas) e o controle dos PCC estão sendo bem feitos;
  • análises de superfícies - de mãos, de utensílios ou equipamentos, para verificarmos se as operações de higienização estão sendo feitas adequadamente.